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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Biomas Brasileiros

Podemos definir bioma como um conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável. Um bioma é caracterizado por um tipo principal de vegetação (num mesmo bioma podem existir diversos tipos de vegetação). Os seres vivos de um bioma vivem de forma adaptada as condições da natureza (vegetação, chuva, umidade, calor, etc) existentes. Os biomas brasileiros caracterizam-se, no geral, por uma grande diversidade de animais e vegetais (biodiversidade).

fonte: IBAMA
                                                               (fonte:www.mapasparacolorir.via12.com)
                                              
            
Características dos biomas

Floresta Amazônica – é considerada a maior floresta tropical do mundo com uma rica biodiversidade. Está presente na região norte , é o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta densa e fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas (latifoliada).
Caatinga – presente na região do sertão nordestino (clima semi-árido), caracteriza-se por uma vegetação de arbustos de porte médio, secos. Há também a presença de ervas e cactos.

Cerrado – este bioma é encontrado nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e árvores retorcidas, devido a grande presença de alumínio no solo que provoca a deformação nos caules e troncos. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em profundidades maiores. O cerrado apresenta fisionomia variada, desde campos limpos, campos arbustivos a formação arbórea densa. No cerrado encontram-se as nascestes de vários rios importantes como o rio São Francisco na Serra da Canastra (MG).

Mata Atlântica – neste bioma há a presença de diversos ecossistemas tais como (manguezais, araucárias, litorâneo). No passado, ocupou quase toda região litorânea brasileira. Com o desmatamento, foi perdendo terreno e hoje ocupa somente 7% da área original. Rica biodiversidade, com presença de diversas espécies animais e vegetais. A floresta é fechada com presença de árvores de porte médio e alto, o clima e relevo são de altitudes).  


Campos – presente em algumas áreas da região Norte (Amazonas, Pará e Roraima) e também no Rio Grande do Sul. A vegetação dos campos caracteriza-se pela presença de pequenos arbustos, gramíneas e herbáceas.

Pantanal – este bioma está presente nos estados de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul. Algumas regiões do pantanal sofrem alagamentos durante os períodos de chuvas. Presença de gramíneas, arbustos e palmeiras. Nas regiões que sofrem inundação, há presença de árvores de floresta tropical.
Biomas - O perfil das ameaças 

Mosaico de belas e diferentes paisagens, os biomas determinam as condições geográficas e climáticas de cada uma das regiões do país, e exercem forte influência na cultura e nos hábitos das populações. De todas as riquezas de nossos ecossistemas e biomas, a água é a maior delas. O Brasil detém 12% da água doce de todo o planeta. Mas essa abundância é aparente.
Queimadas, desmatamento, pressão imobiliária e ocupação irregular de áreas de mananciais alteram os ciclos de vida e da chuva e degradam o ambiente. As fortes chuvas nos estados de Santa Catarina, Rio e Minas, e a seca avassaladora no Rio Grande do Sul já são reflexos desse desequilíbrio dos ciclos ecológicos.Após mais de 500 anos de colonização, o retrato geral da devastação é desolador. De acordo com dados do SOS Mata Atlântica, restam apenas 7% da Mata Atlântica original.
A WWF estima que até 2020, a região Amazônica perderá até 25% de sua cobertura nativa. Nos últimos 15 anos do século 20,  aproximadamente   40 mil km² de Caatinga transformaram-se em deserto devido à interferência do homem sobre o meio ambiente. Cerca de 80% do Cerrado já foi modificado pela expansão agropecuária, mineração, ocupação urbana e construção de estradas. Somente 19,15% correspondem a áreas nas quais a vegetação original ainda está em bom estado.
No Pantanal, a situação começou a se agravar com a introdução de pastagens artificiais e a exploração das áreas de mata. O avanço das populações e o crescimento das cidades são uma ameaça constante. O uso excessivo de agrotóxicos na agricultura coloca em risco o solo e os lençóis freáticos (estoques de água subterrânea). O assoreamento dos rios tem mudado a vida na região. Áreas que antes ficavam alagadas somente nos períodos de cheias, agora ficam permanentemente sob as águas mesmo quando as chuvas param. Também causaram grande impacto no ecossistema pantaneiro o garimpo, a construção de hidrelétricas, o turismo desorganizado e a caça ilegal.
Os Campos do Sul ou Pampa, que já representaram 2,4% da cobertura vegetal do país, são amplamente utilizados para a produção de arroz, milho, trigo e soja, às vezes em associação com a criação de gado. A desatenção com o solo, entretanto, leva à desertificação, registrada em diferentes áreas do Rio Grande do Sul. O fogo utilizado para eliminar restos de pastagens secas torna o solo ainda mais frágil. Para expandir a área plantada, árvores gigantescas e centenárias foram derrubadas e queimadas.
A mata das araucárias estendia-se do sul de Minas Gerais e São Paulo até o Rio Grande do Sul, formando cerca de 100 mil km2 de matas de pinhais que abrigavam em sua sombra espécies como a imbuia, o cedro, a canela, entre outras. Hoje restam apenas 2% da cobertura original da mata das araucárias, confinada a áreas de conservação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
(fonte: WWF “World Wildlife Fund” - português “Fundo Mundial da Natureza)

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